O amor muda a cor do mundo

19 de Setembro de 2014


Pedagogia de outubro 2014

 
Convite missionário para trabalhar na vinha do Senhor
Outubro, mês missionário e mês dedicado às missões, se abre com uma proposta bem provocativa, do ponto de vista missionário: um convite para trabalhar na vinha do Senhor, que é a Igreja, onde é possível cultivar o projeto divino do seu Reino, no meio do mundo. É o que se celebra no 27º Domingo do Tempo Comum – A. A Igreja é a nova vinha do Senhor! A vinha que volta a ser plantada no coração da celebração, para que os celebrantes possam dimensionar o carinho do vinhateiro, o próprio Deus, para com sua vinha, o povo escolhido. Através do simbolismo da vinha é possível dimensionar e entender o gesto do amor divino para com a humanidade e, ao mesmo tempo, qual a missão da Igreja, novo Povo de Deus, chamada a se empenhar para produzir frutos na vinha do Reino, em todas as partes do mundo. Com essa celebração encerra-se o ciclo de celebrações contextualizadas no simbolismo da vinha do Reino de Deus.
 
Convite a professar a fé e o amor no único Deus e Senhor
Uma nova contextualização é aberta com outro convite: professar a fé no único Senhor e somente a ele prestar adoração, presente na celebração do 29º Domingo do Tempo Comum – A. Um convite que pode ser resumido assim: Adorai o Senhor em seu santo esplendor!
 
Através desta celebração, a Igreja proclama que não existe outro Deus senão Javé, o Deus único e verdadeiro. Nem mesmo César, que detinha o poder político de boa parte do mundo, pode roubar o primado divino, pois somente Deus é o Senhor. A dimensão catequética, a qual fizemos referência nas reflexões da celebração do 29DTC-A, ajuda-nos a propor como contexto celebrativo a necessidade da adoração ao único Deus e Senhor. Com isto entendemos também que o fundamento de toda atividade missionária da Igreja está na adoração e na profissão de fé de um único Deus e Senhor.
 
Depois da profissão de fé, proposta no 29DTC-A, a celebração do Domingo seguinte — 30º Domingo do Tempo Comum – A — convida os celebrantes a amar o Senhor Deus de todo coração e ao próximo como a si mesmo! Com isso, a celebração litúrgica celebra o amor como o centro da vida cristã, como a luz do Evangelho que conduz os seguidores de Jesus e os torna fraternos com todos. É bebendo na fonte do amor divino, que a vida humana se enche de amor e se faz capaz de amar o outro como irmão e como irmã. Eis a inspiração para ressaltar o valor do amor divino na vida humana, para haver relacionamentos amorosos que produzam a alegria harmonizadora no coração dos celebrantes. Por isso, o contexto celebrativo destaca o lado prático do mandamento do amor seja individualmente como nas relações sociais.
 
 
Nossa Senhora Aparecida
Neste segundo semestre sem feriados nos dias de semanas, a Solenidade Litúrgica da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, é celebrada num Domingo inspirando-se na solidariedade de Maria nos momentos de dor e do sofrimento.
 
Uma celebração para contemplar como a solidariedade na dor embeleza o coração humano, como aconteceu com Maria, e é capaz de alegrar o coração de Deus (1L). Pela solidariedade na dor, Deus nos torna instrumentos do seu amor na vida do sofredor (2L), para que a vida seja uma festa onde se bebe o vinho novo do amor (E). Como fizemos todos os anos, é uma celebração contextualizada no tema da Novena da Padroeira deste ano de 2014, na qual se destaca o exemplo de Maria como solidária no sofrimento, seja naquele físico como naquele social. Uma celebração que apresenta Maria como instrumento do amor divino, ao se fazer próxima e solidária com os sofredores.
(Serginho Valle)