Ele está no meio de nós!

26 de Abril de 2014


Ele está no meio de nós! 
 
Maio concede uma espécie de mês de repouso para os agentes da Pastoral Litúrgica de nossas comunidades. Explico: depois das muitas celebrações de abril, principalmente aquelas da Semana Santa, que tanto exigem dos membros da PL, maio proporciona, em termos de preparações celebrativas, num estado de calmaria, com celebrações simples e contextualizadas no seguimento de Jesus, como discípulos e discípulas do Evangelho.
 
Discípulos e discípulas do Bom Pastor
            A primeira celebração de maio é contextualizada na profissão de fé, que os celebrantes professam em todas as celebrações litúrgicas: “Ele está no meio de nós” (3DP-A). Esta certeza, que pelos sinais da ressurreição vai se tornando fé e faz crescer a fé, é importante para os discípulos e discípulas de Jesus, porque precisam entender que são convidados a participar da missão evangelizadora de Jesus. De fato, a primeira tarefa do Espírito Santo, no Cenáculo, foi abrir as portas e empurrar os Apóstolos para o mundo, onde deveriam anunciar a Ressurreição do Senhor. Anunciar que o Senhor está vivo e caminha conosco, nos caminhos de nossas vidas cotidianas. A celebração do 3º Domingo da Páscoa é uma Liturgia que incentiva a evangelizar caminhando nas estradas do mundo, sem medo das adversidades.
 
      Claro que diante de uma missão tão imperativa, os celebrantes podem sentir-se despreparados e até indecisos no caminho a seguir. Por isso, a celebração do 4º Domingo Páscoa como que reforça a confiança e a fé que o Senhor está no meio de nós, qual Bom Pastor que conduz o seu rebanho nos caminhos do mundo, inclusive quando passa por vales sombrios. No “Dia Mundial de Orações pelas Vocações Sacerdotais” (4DP-A), nossa proposta celebrativa destaca a identidade e as atividades do Bom Pastor, que valoriza o verbo “ofertar” e não o verbo “exigir”. O Bom Pastor oferta sua vida e oferece o caminho para entrar no redil divino sem exigir nenhuma forma de pagamento ou recompensa. É uma celebração que se ilumina na dinamicidade evangelizadora da gratuidade e não de exigências, para conduzir os celebrantes a se tornarem discípulos e discípulas de Jesus que, além de Mestre, é Bom Pastor. Um Pastor tão bondoso, que não somente conduz suas ovelhas pelos caminhos seguros, mas até mesmo se faz caminho para que possam caminhar com total segurança: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (5DP-A).
 
Igreja, comunidade dos discípulos e discípulas
          A partir do 5º Domingo da Páscoa, o contexto celebrativo destaca a Igreja como fruto precioso da Ressurreição de Jesus. A Igreja é apresentada como comunidade de discípulos e discípulas formada por aqueles que caminham no “caminho” de Jesus, e se torna viva e ativa em comunidades dedicadas ao serviço fraterno e no exercício sacerdotal de prestar culto em verdade e vida ao Pai (Jo 4,24). Tal contexto celebrativo favorece celebrar o contexto litúrgico Eucarístico deste Domingo, considerando a Igreja como o fruto precioso da Ressurreição do Senhor e como canteiro onde se cultiva o Reino de Deus, espelhado no mundo pelo serviço evangelizador. Para que tal atividade, grande e ao mesmo tempo desafiadora, aconteça dentro do projeto de Jesus, ele mesmo promete um novo Defensor, garantindo a presença do Espírito Santo na condução da Igreja (6DP-A). No contexto mistagógico, próprio do Tempo Pascal, os celebrantes contemplam a Igreja como fruto precioso da ressurreição de Jesus, para que o Reino de Deus aconteça entre nós. É uma Igreja que sai pelas estradas do mundo para evangelizar todos os recantos da terra. O elemento “novo” é o destaque para a presença do Espírito Santo, como alma que conduz a Igreja pelas estradas do mundo. 
 
Concluindo
         As celebrações Eucarísticas de Maio, mês dedicado à Maria, Mãe da Igreja, proclamam a fé de que o Senhor está no meio de nós, conduzindo sua Igreja como Bom Pastor e garantindo sua presença pela ação do Defensor, o seu Santo Espírito.
 
Serginho Valle