Evangelizar é preciso

22 de Junho de 2013


 As celebrações de julho serão iluminadas com duas luzes especiais, além daquela que vem iluminando os contextos celebrativos de 2013: a luz do “Ano da Fé”. A primeira luz concentra-se na evangelização e terá seu esplendor mais intensificado, (segunda luz) com a “Jornada Mundial da Juventude” e a presença do Santo Padre, Papa Francisco em terras brasileiras, que acontecerá no final do mês. Também este será um momento evangelizador de grande porte para os jovens cristãos e, particularmente, para a juventude católica mundial. 

Tudo começa no envio 
O envio dos 72 discípulos, feito pelo próprio Jesus, contextualiza a celebração dominical do 14DTC-C como "celebração do envio". O mesmo gesto de enviar seus discípulos e discípulas para evangelizar o mundo será repetido no decorrer desta celebração dominical, com uma necessidade a mais, em nossos dias: aquela da nova evangelização. O contexto da nova evangelização tem um destaque especial, na celebração deste 14DTC-C, incentivando os celebrantes a se sentirem enviados, a exemplo daqueles 72 discípulos, para evangelizar com palavras e atitudes, convidando os que se afastaram ou se tornaram indiferentes a se reaproximarem do Evangelho. 

Depois do envio evangelizador, algumas características evangelizadoras aparecem nas celebrações seguintes. No 15DTC-C, por exemplo, a característica de que a evangelização não se reduz ao anúncio oral do Evangelho, mas ganha maior força e se torna incisiva no testemunho de anunciar Evangelho quando existe uma aproximação de todos, a exemplo do Bom Samaritano, especialmente dos que foram e continuam sendo assaltados, das mais diversas formas, nos caminhos da vida. Duas são as características propostas no 16DTC-C que, mais que características, podem ser consideradas como dinâmicas: a comunhão a Cristo, através do sofrimento, e o fundamento evangelizador, presente na acolhida de Deus pela Palavra (Maria) e pelo serviço (Marta). Quando Jesus está no centro, o evangelizador não corre risco de ceder ao espiritualismo ou ao ativismo, pois em Jesus, a evangelização se torna Palavra ouvida (Maria) e serviço fraterno (Marta) de modo harmonizado. 

No último Domingo de julho, o 17DTC-C, temos outra característica importante do serviço evangelizador: a oração. De um lado, a oração é fundamental e imprescindível na vida do evangelizador, porque pela oração ele se mantém na comunhão com Deus, a quem chama de Pai. Já, do ponto de vista do acolhimento evangelizador, a oração é um dos efeitos mais visíveis da evangelização. Quanto mais evangelizada se encontra uma pessoa, mais devotada e dedicada à oração ela se torna. O contexto celebrativo tem a finalidade sublinhar esse efeito evangelizador na vida dos celebrantes. Podemos medir a ação evangelizadora pela quantidade e qualidade orante na vida de quem recebeu o Evangelho.  

Concluindo 
O Mistério Pascal, celebrado no mês de julho, portanto, se caracteriza como pedagogia evangelizadora, tanto no sentido que evangeliza os celebrantes, para que se tornem evangelizadores, como no sentido que incentivará e proporá algumas condições necessárias para que o evangelizador possa evangelizar de modo frutuoso.

Serginho Valle