Discípulos evangelizadores

27 de Abril de 2013


Discípulos evangelizadores  
Maio pode ser caracterizado como um mês de celebrações especiais, no sentido que cada Domingo traz um Mistério de Cristo bem definido. Com a celebração do 6º Domingo da Páscoa concluem-se os Domingos Pascais, seguido das celebrações da Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade e Corpus Christi. Diante de tal variedade, as celebrações exigem da Pastoral Litúrgica empenho na preparação em vista do seu grande valor pedagógico. 

Conclusão do Tempo Pascal 
Em maio celebramos os três últimos Domingos Pascais, a começar do 6º Domingo da Páscoa. Um Domingo que professa a necessidade dos discípulos e discípulas de Jesus de alimentarem a vida espiritual com a fé em Jesus Cristo e viverem iluminados com a luz do Evangelho. Jesus Cristo é apresentado, neste Domingo, como o centro da vida cristã, é o novo Templo, o novo local de encontro entre Deus e os homens. Jesus está entre nós e, pela ação do Espírito Paráclito, o discípulo e discípula do Evangelho —fazendo dele o centro de suas vidas — vivem na alegria espiritual de quem confia e, por confiar, não teme. 

É justamente com essa fé, que enche o coração de coragem confiante, que os discípulos e discípulas do Evangelho são enviados a evangelizar. É o que acontece mais especificamente na celebração da Ascensão do Senhor. De fato, a Ascensão de Jesus não dá início a uma nova atividade, mas é o momento que marca a continuidade da atividade evangelizadora de Jesus, através dos Apóstolos (e depois da Igreja), sustentados pelo Espírito Santo. Pela Ascensão, Jesus é glorificado pelo Pai e sua glória é comunicada aos seus seguidores, aos seus discípulos e discípulas. Com a doação da glória divina, Jesus cria a possibilidade de se participar plenamente da vida divina. Esta plena participação da vida divina se consolida pela ação do Espírito Santo, quando acontece o derramamento do Espírito de Deus na vida pessoal e na vida de toda a Igreja, para renovar a vida de cada seguidor e seguidora de Jesus e, igualmente, renovar toda a criação. Esta vinda do Espírito Santo é uma vinda renovadora, que atinge a face da terra a partir da espiritualidade evangélica. Pentecostes é também uma celebração que alerta seus celebrantes para não se deixarem contaminar com espiritualidades que não são evangélicas, mas mundanas, porque animadas pelo Espírito do mundo. 

Retomada do Tempo Comum 
Depois da celebração de Pentecostes, a Igreja retoma o Tempo Comum. A retomada acontece com a 2ª feira da 7ª semana do Tempo Comum, que conduzirá os celebrantes à celebração da Santíssima Trindade. Dado o “Ano da Fé”, a celebração da Santíssima Trindade será contextualizada como uma grande ação de graças pela fé na Trindade Santa. Não, portanto, uma celebração para explicar quem é Deus e, muito menos, explicar o Mistério da Unidade na Trindade, mas, como dito, para celebrar a fé na verdade ensinada pela Bíblia e pela Igreja, incentivando a transformar essa verdade da fé em motivo de ação de graças, de louvor e de adoração. 

Para a celebração de Corpus Christi, estamos propondo uma contextualização na dimensão ofertorial da Eucaristia. Trata-se de uma das dimensões celebrativas fundamentais, para que a participação na Eucaristia seja sincera. A dimensão ofertorial destaca o diálogo existente entre o divino e os celebrantes. Deus oferece sua redenção salvadora e os celebrantes dão graças oferecendo os frutos da vida e do trabalho humano.

Serginho Valle