Artigos Serginho Valle


Canto de entrada

CANTO DE ENTRADA 
Serginho Valle

           A Missa tem início com uma procissão que, normalmente, é acompanhada por um canto denominado “canto de entrada”. Toda a assembléia, de pé, é convidada a acompanhar a procissão inicial cantando.

            Os cantos que cantamos nas Missas são partes integrantes da celebração Eucarística.  Cada parte da Missa, portanto, exige um canto que seja de acordo com o momento celebrativo. Entendemos, pois, que o canto de entrada deve reunir características desse momento da Missa: conduzir a Igreja, presente na assembléia reunida, ao altar do Senhor.

            Por ser o momento inicial, a primeira característica desse canto é criar o clima que a celebração exige. No tempo de Natal, o canto de entrada criará um clima natalino, numa Missa de ação de graças, o canto de entrada será alegre; caso seja uma Missa exequial, terá o tom da esperança, por exemplo. É importante ter presente essa primeira característica da celebração, para que desde seu início esteja afinada com o clima celebrativo que envolverá os celebrantes.

            Outra característica do canto de entrada vem do rito realizado; é um rito processional. Isto significa que a segunda característica do canto de entrada na Missa é ser canto processional, quer dizer, tem a finalidade de acompanhar a procissão inicial, a procissão de ingresso, que introduz na celebração. É um canto que tem a duração da procissão de entrada. Não que seja pecado estender o canto de entrada cantando uma estrofe a mais, depois que o padre estiver no altar... mas não é necessário. Existem, contudo, algumas exceções que pedem para prolongar o canto de entrada.

            Por fim, uma terceira característica. Uma vez que não é possível que todos os celebrantes tomem parte da procissão de entrada, não podem caminhar na procissão, a participação na canção é um modo participativo desta celebração. Por isso, o modo de participar é pelo canto, é cantando. A terceira característica é que todos cantem o “canto de entrada”. Toda a assembléia litúrgica deve cantar, mesmo quando o coral ou o grupo de músicos for afinadíssimo... Do ponto de vista celebrativo, o canto de entrada não é para ser ouvido, mas para ser um cantado por todos e, por isso, o ministério de música tem o dever pastoral de escolher uma canção conhecida, pois desse modo poderá ser cantado por toda a assembléia.

 

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Serginho Valle 
Coordenador Serviço de Animação Litúrgica (SAL) 
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