Qual padre celebra, hoje?

        Algumas comunidades tem mais de um padre. E como ninguém é igual a outro alguém, é comum haver comparações. Preste atenção nas preferências. Um se agrada mais do padre alegre, sorridente. Outro não, tem preferência pelo padre quieto. Tem aquele que se identifica com o modo de um padre presidir batizados, de ouvir confissões, de celebrar a Eucaristia. E tem outros que não o suportam. Questão de gosto, não de discussão, é claro! Tudo muito natural; não há nada de errado nisso. É uma questão de simpatia ou antipatia por alguém. E, além de tudo, cada padre com seu jeito, não celebra sozinho, celebra com a comunidade e a comunidade celebra com o padre. 
        Procure ligar alguns pontos. Primeiro: quem celebra não é o padre sozinho, ele celebra com a comunidade. Segundo: a celebração não é do padre, é de toda a comunidade. Terceiro: o sujeito da celebração litúrgica é a comunidade reunida em assembléia. Pode, então, surgir duas perguntas: se é a comunidade quem faz a celebração, o que o padre faz lá na frente do povo durante a celebração? E na missa; não é o padre quem faz a missa? 
        É fácil entender as razões. O sujeito da celebração, quem faz a celebração litúrgica é a comunidade, a Igreja reunida em assembléia. O padre também faz parte da comunidade. Ele fica lá na frente porque, na celebração litúrgica está prestando um serviço celebrativo: o serviço de presidir ou dirigir a celebração. Na missa, o padre é o presidente da celebração. Isso não significa, em absoluto, que o padre seja o dono da celebração. A celebração  litúrgica, da missa e de todos os sacramentos pertence a toda comunidade reunida em assembléia, embora o modo de presidir conte muito e quase sempre favorece ou impede uma boa participação celebrativa.